
Um foragido, recapturado pela Brigada Militar de Santa Maria no final da tarde de sábado (04/09), pode abrir novas linhas de investigação para o caso Gabriel. Elton Luis Rossato Gabi, de 60 anos, assumiu a autoria e alegou ter jogado em um açude o corpo do menino. O homem está detido na Delegacia Especializada de Santa Maria (DRACO). A polícia não descarta, também, a possibilidade de falsa denunciação de crime, já que, num segundo momento, o elemento teria negado as declarações.
Na ocorrência inicial, Gabi diz que foi “contratado” para matar o jovem e informou ter usado um automóvel VW Santana, com placas falsas, para chegar ao local do crime. Pelo menos uma pessoa aparece no registro policial como testemunha. Trata-se de um homem (que mora próxima a casa de Gabi, em Santa Maria) que alega ter ouvido relatos sobre o crime.
Uma equipe da corregedoria da Brigada Militar estará em Santa Maria no dia de hoje para ouvir o suspeito.
O CASO
Gabriel Marques Cavalheiro morreu em decorrência de um golpe por objeto contundente. O Instituto Geral de Perícias (IGP) descartou afogamento. O laudo apontou que a morte ocorreu por perda sanguínea causada por ruptura de vasos na região cervical, com sinais de ação por instrumento contundente.
O elemento detido em Santa Maria alega que usou o cabo de um machado para ass o jovem.
O novo fato gerou manifestações por parte de policiais militares. Não está descartada a realização de um ato, em frente ao quartel da BM, pedindo uma investigação mais aprofundada, já que, na visão dos PMs, não ficou provado que os brigadianos teriam mesmo matado e ocultado o corpo do jovem. As defesas dos três PMs negam as agressões.
Os policiais — os soldados Raul Veras Pedroso e Cléber Renato Ramos de Lima e o 2º Sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen — estão presos desde 19 de agosto por determinação da Justiça Militar e foram indiciados, pela Polícia Civil, por homicídio triplamente qualificado. O Ministério Público deverá apresentar denúncia nesta segunda-feira (05/09).