Falta matéria-prima | FALTA DE MEDICAMENTOS AFETA SÃO GABRIEL; SANTA CASA ESTÁ COM 100% DOS LEITOS PEDIÁTRICOS OCUPADOS.

A falta de medicamentos em farmácias e hospitais do Rio Grande do Sul começa a ser sentida em São Gabriel, ainda, de maneira gradativa em alguns estabelecimentos e, principalmente, na Santa Casa de Caridade.
A DIMED, fornecedora de medicamentos do Grupo Panvel e também de outras farmácias da cidade, já está enfrentando problemas para atender os pedidos, principalmente, de antimicrobianos (como Amoxicilina). Gerente farmacêutico da Panvel, Douglas Cardoso confirmou que o problema – causado em razão da falta de insumos – já está provocando a falta de medicamentos no Município.
Conforme o Conselho Regional de Farmácia, a falta de medicamentos é generalizada, e uma das causas é a escassez de matéria-prima. Atualmente, cerca de 90% dos insumos usados no Brasil para a produção de medicamentos vem da China e da Índia. A China enfrenta um novo lockdown em razão da Covid, o que tem dificultado a importação dos produtos.
O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS) revela que algumas cidades já tem aumento das internações por causa da falta de remédios.
“Estamos com superlotação principalmente na área de pediatria, mas também na clinica adulto, de pacientes que estão tendo síndrome respiratória aguda grave, síndrome gripal, faringite, outros tipos de doença que estão demandando internação hospitalar porque não estão conseguindo fazer um tratamento adequado e tá tendo esse agravamento”, explica o secretário da saúde de Cristal e conselheiro do COSEMS, Tiago Huber.
O da Santa Casa de Caridade de São Gabriel, José Neri de Oliveira, explica que a falta de antibióticos nas farmácias está causando aumento no números de atendimentos hospitalares, principalmente, no setor de pediatria. Hoje, a instituição está com lotação máxima.
“Com a falta de medicamentos, pediatras estão fazendo uso da Santa Casa para ter o a antibióticos para as crianças. A pediatria está com 100% dos leitos ocupados”, informa o .
A istração ampliou a compra de medicamentos para estoque hospitalar. No entanto, a mesma medida vem sendo adotada por outros hospitais e a Santa Casa já vê dificuldades para reforçar o estoque também de soros fissiológicos de 500 ml e 1000 ml, com falta na sua origem.
“vai chegar um momento, que o próprio mercado vai balizar esse fornecimento. Para não faltar definitivamente, o fornecedor vai ter que mandar um pouco para cada instituição”, avalia Oliveira.
O Ministério da Saúde informou que trabalha junto com os conselhos municipais e estaduais de saúde e com representantes das indústrias farmacêuticas para articular ações emergenciais que diminuam o desabastecimento de medicamentos.

Saibam quais os medicamentos em falta:
Amoxicilina: antibiótico que trata diversas infecções provocadas por bactérias; Prednisolona: anti-inflamatório pra reumatismo e infecções de pele; Azitromicina: antibiótico usado no tratamento de infecções respiratórias; Dipirona e Paracetamol: remédios comuns pra dor e febre; Dexametasona: usada pra asma e doença pulmonar obstrutiva crônica.

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