
Em observância a nota técnica emitida na semana ada pelo Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou que vacinará grávidas que haviam recebido primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca com uma segunda dose de Pfizer ou Coronavac, com preferência para a primeira se houver estoque. Em razão disso, a Secretaria Municipal da Saúde de São Gabriel programou, para a próxima segunda-feira (02/08), a imunização de gestantes que tomaram o imunizante Oxford (antes do anúncio de suspensão da vacina para grávidas). O anúncio foi feito pela secretária Kátia Raposo no começo da tarde desta quinta-feira (29/07).
A vacinação acontecerá no Posto Central, em frente ao hospital de Santa Casa de Caridade, das 8 às 11 horas.
A Secretaria segue agendando, para Primeira Dose, a vacinação de adolescentes (de 12 a 17 anos) com comorbidades, gestantes e puérperas pelo telefone 3237.1360.
ENTENDA
A aplicação da vacina da AstraZeneca para grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto) foi suspensa pelo Ministério da Saúde em 11 de maio após a morte de uma grávida de 35 anos do Rio de Janeiro que havia recebido o imunizante. Não existe ainda comprovação de que a vacinação e o óbito tenham relação, mas a restrição foi adotada preventivamente.
Desde então, as vacinas que contém vetor viral – a AstraZeneca e a Janssen, que ainda não havia chegado ao Brasil à época – deixaram de ser utilizadas em gestantes. O grupo vem recebendo Pfizer ou Coronavac.
Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Goiás, antes mesmo da orientação do Ministério da Saúde nesse sentido, haviam por conta própria ado a complementar com outras vacinas a imunização de grávidas que receberam AstraZeneca na primeira dose. O Rio Grande do Sul aguardava orientações.
Conforme a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do ministério, Rosana Leite de Melo, as vacinas contra a covid-19 não são intercambiáveis, mas há situações de exceção que permitem a prática e indicadores de que a há “boa resposta imune” e “segurança favorável” na combinação entre alguma delas.
A secretária aponta ainda que países como Alemanha, França, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Noruega “adotaram a possibilidade de esquemas de intercambialidade de vacinas para situações específicas”.