Cinco denúncias de assédio sexual contra o detentor do cargo mais alto na Provedoria da Santa Casa de Caridade fazem parte de um inquérito policial em andamento na Delegacia de Polícia de São Gabriel. Das cinco vítimas, apenas duas continuam trabalhando no Hospital; as demais foram demitidas.
O caso foi exposto na rede social de Ladislê Teixeira no final da tarde desta segunda-feira(25/05). Ele é apresentador do programa de entrevistas “A Voz da Comunidade”, da Rádio Alternativa FM, e alega ter recebido as denúncias há cerca de dois meses. Durante o período, Teixeira aguardou que as denúncias fossem apresentadas ao Ministério Público e que a Poder Judiciário se pronunciasse.
De acordo com Ladislê Teixeira, o Ministério Público solicitou o afastamento do detentor do cargo máximo da Provedoria da Santa Casa de Caridade e solicitou medidas protetivas em favor das vítimas, pedido que acabou sendo negado pelo Judiciário.
“A juíza alega que as denunciantes já não fazem parte do quadro de funcionários do Hospital e, por isso, não haveria motivo para afastar o acusado. Além disso, se apega na questão relacionada a pandemia do coronavírus para manter o denunciado no comando da instituição. As vítimas alegam que, ao manter o denunciado no cargo de comando da Santa Casa, dificilmente outras pessoas terão coragem de se apresentarem. Elas acreditam que o número de vítimas poderia aumentar”, argumenta Teixeira.
BOLETIM DE OCORRÊNCIA
A denúncia foi apresentada oficialmente na Delegacia de Polícia e gerou um inquérito policial, onde pessoas ligadas a istração do Hospital estão sendo ouvidas; o mesmo aconteceu com as denunciantes.
Em um dos casos, Ladislê Teixeira conta que a possível vítima teria recusado o “assédio” e denunciado a situação ao responsável pelo setor. Uma semana após a denúncia, ela foi demitida.
As outras denunciantes alegam que “as vítimas que não aceitam os assédios são perseguidas e demitidas”.
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