O sonho de ter a casa própria virou um pesadelo para a atendente de farmácia Ermínia Corrêa Dias. Desde que descobriu no ano ado que o terreno que a família adquiriu no final da década de 80 não era o mesmo que vinha sendo descontado IPTU e onde foram aplicados todos os recursos, a mulher vem batendo de porta em porta, na Prefeitura Municipal, para descobrir uma solução para o ime que se formou com a descoberta de que o Município doou o terreno que lhe pertencia.
Ermínia perdeu financiamento de R$ 36 mil (incluído subsídio de R$ 10 mil) da Caixa Econômica Federal (CEF).
Ela conta que tentou ar para o seu nome a propriedade que ainda continua em poder da irmã, que mora em Porto Alegre, e descobriu que o terreno teria sido doado pela Prefeitura Municipal no ano de 1997. E pior. A área que ela pensava ser a adquirida pela família não era a demarcada pela Prefeitura. Por quase duas décadas, a atendente de farmácia pagou imposto e manteve cuidados em um pedaço de terra que não lhe pertencia.
Os pagamentos ainda continuam sendo feitos, mesmo depois de concluído que o terreno dela teria sido doado pela Prefeitura.
– Fiquei surpresa quando engenheiros me disseram que o terreno que paguei impostos por vários anos, que cuidei e que pretendia construir, não era o meu. Fique ainda mais surpresa quando descobri que o terreno já era ocupado (com construção) por uma família. Causou-me estranheza saber que fora a Prefeitura que doou (permitiu) que o meu terreno fosse ocupado – relatou.
A istração Municipal itiu que exista uma falha e o próprio prefeito (em contato com Ermínia) garantiu a possibilidade de indenização, com a cedência de um novo terreno. Isso ainda não aconteceu.
– Conversei com o prefeito dois dias após o aniversário dele. Encontrei-me com ele no seu Gabinete, onde, o mesmo itiu falha da Prefeitura, prometendo em poucos dias resolver tudo. E até hoje não resolveu nada. Por tanto, quero que o prefeito me responda: onde está o meu terreno? – questionou.
Com tantas falhas no processo, a atendente de farmácia questiona a competência de setores ligados a Prefeitura Municipal. – Onde está o terreno que pago impostos todos esses anos? Como a Prefeitura pode doar algo que está escriturado e registrado em Cartório? E, finalmente! Como pode uma pessoa construir uma casa em propriedade alheia, sem que a Prefeitura faça fiscalização? – perguntou.