Existe um limite de atendimentos para pessoas encaminhadas pelas Unidades de Saúde para o Pronto Atendimento Médico (PAM), no antigo prédio do INSS. Embora a Secretaria Municipal da Saúde aponte o PAM como opção alternativa para pacientes que não encontram fichas disponíveis nos Postos, o PAM oferece apenas 24 fichas para Clínica Geral e 24 para Pediatria. Quem chegar depois disso, vai ter que entrar na fila de espera. O atendimento poderá ser feito somente no dia seguinte, porque, nem sempre existem médicos disponíveis nos Postos de Saúde. Aliás, que vai ao PAM, é porque já não encontrou atendimento nas Unidades.
Mas se o caso é emergência mesmo, a pessoa é direcionada para o Pronto Atendimento 24 Horas da Santa Casa de Caridade. Na verdade, a maioria as emergências são atendidas pelo Hospital.
A Diretora de Programas da SMS, Saionara Marques Almeida dos Santos, ite que exista um número limite para atendimentos, mas garante que, mesmo existindo um teto, os médicos, na maioria das vezes, ultraam o índice máximo.
– O problema, é que as pessoas chegam aos postos e dizem que estão tendo muitas dores. Alegam que precisam de atendimento de emergência, quando, na verdade, precisam apenas de uma consulta. Elas acabam ocupando o lugar de alguém que realmente precisaria de atendimento de emergência – explica.
A triagem, que aponta se é ou não emergencial, é feita por uma profissional do setor de saúde. Mas fica impossível avaliar, sem exames, se realmente o que é dito pelo paciente é caso de emergência. Na maioria das vezes, a pessoa só revela o que sente na frente do médico.
A dona de casa Ana Paula Tavares reclama do sistema. Ela é vítima do vai e vem proporcionado pela falta de informações em Unidades de Saúde e no PAM. Na quarta-feira ada, Tavares tentou atendimento na Unidade da Zona Oeste, mas, sem médico, acabou sendo direcionada para o PAM.
Já no final da manhã, com muitas dores no estômago, a dona de casa ficou sabendo que não tinha como ser atendida no PAM. Foi orientada por uma recepcionista a buscar atendimento no PA 24 Horas.
SEM MÉDICOS
Realmente, quem chegou depois das 11h15 minutos no PAM, naquele dia, teve que ser agendado para atendimento. A Secretaria Municipal da Saúde confirmou que não tinha médico clínico geral disponível em toda a rede na quarta-feira.
PA 24h SOBRECARREGADO
Quando a rede não funciona, quem paga o pato é o Pronto Atendimento da Santa Casa de Caridade. O provedor Roque Montagner reclama da situação. Segundo ele, a população acaba sobrecarregando o PA 24h buscando atendimento ambulatorial, que não encontra na rede municipal. No último final de semana, o PA teve 350 atendimentos.