MARCIO VAQUEIRO - editor e colunista
A cogitação de Afonso Motta (PDT) para o comando da Secretaria da Agricultura, que poderá virar Secretaria do Agronegócio, tem dado o que falar. E não poderia ser diferente. Motta fez campanha, aqui pela fronteira, batendo forte no Partido dos Trabalhadores, com propostas que vão à contramão às apresentadas pelo PT. É óbvio que, mesmo com Tarso Genro querendo aglutinar forças (buscando inclusive o PDT para compor o governo), que os “petistas” daqui não iriam digerir essa idéia com muito gosto. Aliás, indicação que não será digerida, se confirmada, conforme falam lideranças do PT aqui na fronteira. E quando o assunto é ideologia, o PT tem apoio dos que “investiram” em Motta. Se depender de boa parte dos apoiadores de Motta para a Câmara Federal, ele não fará parte do Governo Estadual. Ele continuará na fila esperando por uma “boquinha” no Congresso Nacional, já que é o primeiro suplente da bancada federal.
Enquanto os ruralistas “vetaram”, em parte, apoio ao ex-prefeito Balbo Teixeira para a Assembléia porque o PSB, partido dele, estaria defendendo candidaturas do PT, Afonso Motta foi simpático as propostas da classe e acabou sendo o mais votado em São Gabriel e um dos mais lembrados na fronteira-oeste. Curioso. Na primeira oportunidade, Motta poderá se aliar ao PT. O que será que estão pensando, neste momento, os produtores rurais?
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